quarta-feira, 6 de março de 2013

Músicos do nosso Algarve - Entre Aspas

Os Entre Aspas foram convidados para tocar, pela primeira vez, há dez anos. A actuação teve lugar no bar Morbidus em Faro, cidade de onde são provenientes Tó Viegas e Vivianne e, na altura, o então duo, ainda nem sequer tinha nome. Para não esquecerem o compromisso, os músicos assinalaram o dia d na agenda simplesmente com umas aspas. Mais tarde, viriam a adoptar essa designação para a posteridade.


Luís Fialho e João Vieira juntaram-se ao duo, completando assim a formação da banda. Seguiu-se a participação no 1º Concurso de Música Moderna da Câmara Municipal de Lisboa, que valeu ao grupo um terceiro lugar e a atenção da imprensa, bem como das editoras, que começavam então a mostrar interesse no trabalho desenvolvido pelos músicos. A assinatura do contrato com a BMG aconteceu em 1992.

Após a substituição de Luís Fialho por Nuno Filhó, os Entre Aspas davam então início às gravações do seu primeiro álbum, intitulado "Entre S.F.F.", editado em 1993, ao qual pertencem os dois primeiros grandes êxitos da banda, "Criatura da Noite" e "Voltas".



O grande salto na carreira dos Entre Aspas ocorreu em 1995, com o segundo álbum da banda, "Lollipop", uma edição acompanhada por uma mudança de visual muito significativa por parte da cantora Vivianne, cujas tranças coloridas se tornaram na sua imagem de marca, seduzindo principalmente o público mais jovem. O disco contou com a participação dos músicos convidados Filipe Valentim, dos Rádio Macau, e Luís San Payo, dos Pop dell'Arte.

No final do ano seguinte, e após uma renovação de contrato com a BMG, os Entre Aspas regressaram ao estúdio para a gravação do sucessor de "Lollipop". "Edelweiss" foi editado em 1997 e, com este álbum, o grupo voltou a apresentar uma sonoridade pop muito simples, de que "Uma Pequena Flor" constitui um excelente exemplo e que voltou a agradar especialmente aos mais novos.


Entre a edição destes dois álbuns, a banda aceitou ainda o convite para participar na colectânea de homenagem a José Afonso, "Filhos da Madrugada", para a qual gravaram uma versão do tema "Traz Outro amigo Também".

Em 1998, repetiram a experiência e voltaram a colaborar numa colectânea. Desta vez, o projecto foi "Ao Vivo na Antena 3", disco que resultou do concerto realizado no auditório da RDP, onde a banda interpretou os temas "Perfume" e "Tão Estranho", ambos em formato acústico, ao lado de uma série de outras bandas portuguesas, como os de Da Weasel , Turbo Junkie , e muitos outros. E como não há duas sem três, no início de 1999, os Entre Aspas participaram no disco de homenagem aos vinte anos de carreira dos Xutos & Pontapés, "XX Anos, XX Bandas", recriando o tema "Doçuras".


Em 1999, a banda editou "Loja de Sonhos", o seu quarto álbum de originais, que contou com a produção de Tó Viegas, Vivianne e Flak , tendo as misturas ficado a cargo de Joe Fossard. Com este disco, os Entre Aspas renovaram a imagem que os caracterizava há anos, uma vez que Vivianne cortou finalmente as suas tranças coloridas. A evolução aconteceu também a nível sonoro, se bem que de uma forma muito ligeira, provavelmente com o intuito de conquistar um público mais abrangente. Os Entre Aspas ainda não demonstraram nos seus discos o intuito de arriscar uma entrada em terrenos situados para além da fronteira da música pop. Continuam a apostar em canções que primam pela simplicidade das letras e das melodias, caso do single "Esqueci o Nome das Coisas" que foi, na altura do lançamento do disco, um grande êxito de rádio.

No final de 2000, gravam os concertos acústicos dados no Instituto Português da Juventude de Faro para edição em disco, no final de Abril de 2001. O disco chama-se www. entreaspasaovivo .com (nome do site também inaugurado em simultâneo) e contou com dois temas inéditos e uma versão de "A Formiga Bossa Nova", originalmente cantado por Amália Rodrigues.

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