segunda-feira, 14 de maio de 2012

Algarvios Ilustres - Rui Machado

Nascido a 10 de Abril de 1984 em Faro, Rui Machado começou a jogar ténis aos 6 anos, quando o seu pai foi aos Estados Unidos e o algarvio passou a conhecer a modalidade. Fala português, inglês e espanhol. O seu pai, David, é um homem de negócios enquanto a sua mãe, Rosa, é educadora de infância. Os seus pisos favoritos são a de terra batida e o piso rápido ao ar livre. A sua pancada favorita é a direita e os torneios que mais gosta são Roland Garros e o Estoril Open, ambos jogados nas suas superfícies preferida. O seu ídolo de infância é o Stefan Edberg.


Com apenas cinco anos de ténis, Machado já era número um nacional. Poucos anos depois, foi passar uma semana aos campos de treinos da Federação Catalã de ténis. O jovem gostou tanto que pediu aos seus pais para ficar a treinar no país vizinho, terminando o ensino secundário lá. Conseguiu o seu primeiro ponto ATP em 2001, num Future realizado em Espanha. Mais tarde, entrou na Catalan University, com o objetivo de estudar economia, mas no ano seguinte acabou por optar pelo ténis profissional.



Entre 2002 e 2005, Machado jogou apenas torneios da categoria future, conquistando um torneio de singulares e três de pares. Teve a sua entrada numa competição challenger apenas no final desse ano, em Olibia, na Itália, mas não passou da 1ª ronda. Contudo, um dos momentos altos da carreira aconteceu pouco depois: teve entrada no quadro principal do Estoril Open, perdendo com Agustin Calleri na estreia por 4/6, 6/3 e 6/1. As investidas em torneios challenger continuaram e Rui Machado atingiu o ranking de 242º do mundo em Outubro de 2005.

UM DOS MOMENTOS MAIS DIFÍCEIS DA CARREIRA

Um dos piores momentos da carreira surgiu pouco depois. Lesões no pulso e nos joelhos obrigaram-no a parar durante quase dois anos, tendo caído para o 1512º lugar do ranking em Julho de 2007.

O seu verdadeiro regresso à competição aconteceu em meados de 2008, com 26 vitórias consecutivas a nível future. Durante esse período, ele ergueu os troféus em Bari, Faro, Lagos e Albufeira. A boa sequência só terminou nas meias-finais do future de Zaragoza, quando perdeu para o espanhol Pere Riba. A boa sequência de vitórias fez com que disparasse no ranking, chegando até ao 328º posto em 2008. Ele ainda ajudou Portugal a bater a Tunisia na Taça Davis. O seu melhor momento nesse ano aconteceu no Estoril Open, quando derrotou Ivo Karlovic (6/4 1/0 des.), perdendo na ronda seguinte frente a Florent Serra 7/6 e 6/1.

Com um ranking melhor, Machado passou a disputar mais eventos de nível challenger e qualyfings dos Grands Slams. A sua primeira participação num dos grandes torneios aconteceu em Wimbledon, no qual o tenista algarvio foi eliminado na 1ª ronda do qualyfing, frente a Richard Bloomfield. Mais tarde, conseguiu entrar no quadro principal de um Grand Slam, ultrapassando o qualyfing. O feito aconteceu no Open dos Estados Unidos e Machado só parou na 2ª ronda, obrigando o espanhol Fernando Verdasco a disputar cinco sets (6/7, 7/6, 6/4, 6/7 e 6/0).

O PRIMEIRO TÍTULO CHALLENGER

O ano de 2009 começou da melhor forma, com o seu primeiro título challenger em Meknes, Marrocos. No 123º lugar do ranking, Machado participou em Roland Garros pela primeira vez, perdendo na 2ª ronda do quadro principal frente a Fernando Gonzalez, por 6/3, 6/2 e 6/3. Ele ainda arriscou participar no qualyfing de Wimbledon, mas parou na estreia frente a Lukas Lacko por 1/6, 6/2 e 8/6.

Em 2010, Machado jogou o qualyfing do Open da Austrália, tendo perdido com Alex Bogomolov Jr, logo na 1ª ronda. Contudo, em Março conquistou mais um challenger importante: venceu o torneio de Nápoles, derrotando Frederico Del Bonis na final, com um duplo 6/4. Foi neste ano que o atleta algarvio conseguiu o seu melhor resultado de sempre no Estoril Open. Depois de eliminar Nicolas Massu (6/2 e 6/4) e Michal Przysiezny (duplo 6/4), Rui Machado perdeu para o seu compatriota Frederico Gil em três sets: 4/6, 7/6 e 6/3. Machado ainda participou nos qualyfings dos Grands Slams, mas acabou eliminado nos três qualyfings. Em Outubro, conquistou o challenger de Assunção, derrotando Ramón Delgado na final (6/2, 3/6 e 7/5).

MACHADO ATINGE MELHOR RANKING DE SEMPRE

O ano seguinte começou praticamente da mesma forma terminou o anterior: com a conquista de um challenger, desta vez em Marrakech, derrotando Maxime Teixeira na final (6/3, 6/7 e 6/4). A sua participação no Estoril Open em 2011 não foi muito positiva, tendo cedido na estreia frente ao romeno Victor Hanescu (duplo 6/3). Em julho, Rui Machado conquistou o challenger de Poznan, vencendo Jerzy Janowicz por 6/3 e 6/3. O mês de Setembro foi dos mais importantes na carreira do algarvio. Além de conseguir uma das vitórias mais importantes da sua carreira, derrotando Alberto Montañes (54º ATP), ele tornou-se o português mais bem cotado de sempre do ranking mundial, figurando na 61ª colocação. Esse recorde foi batido uma semana depois pelo próprio Machado, quando atingiu 0 59º lugar. No final de 2011, ele ainda participou no ATP Challenger Tour Finals, uma competição que se realizou pela primeira vez nesse ano e que reuniu os jogadores que mais pontos fizeram nos eventos challenger.

Machado até realizou um bom torneio, vencendo Matthias Bachinger (3/6, 7-6(4) e 6/4) e Dudi Sela (duplo 6/2). A sua única derrota na fase de grupos aconteceu frente a Cedrik-Marcel Stebe (7/5 e 6/0). Apesar de ter conseguido duas vitórias, o tenista português não conseguiu garantir o acesso às meias-finais, devido à diferença do número de jogos vencidos.

Actualmente, Rui Machado treina em Lisboa e Barcelona. Fora dos courts gosta de navegar na internet e de se manter informado acerca do mercado financeiro. Se não fosse jogador de ténis, tinha seguido os passos do pai e do seu irmão. Actualmente tem na equipa técnica André Lopes como treinador e, Paulo Figueiredo como preparador físico.


TÍTULOS EM SINGULARES

2011:
  • Venceu os challengers de Szczecin, Poznan, Rijeka e Marrakech
2010:
  • Venceu os challengers de Assunção e Nápoles
  • Foi finalista no challenger de Meknes
2009:
  • Venceu os challenger de Atenas e Meknes
2008:
Venceu os futures de Nápoles, Loja, Albufeira, Lagos, Faro e Bari

2006:
  • Foi finalista do future de Faro
2005:
  • Venceu o future de Gran Canaria
  • Finalista no future de Gran Canaria (semana II) e em Ponte Vedra
2004:
  • Finalista do future de Gran Canaria
2003:
  • Finalista do future de Denia

TÍTULOS EM PARES

2010:
  • Venceu o challenger de Ponzan (c/Daniel Muños-de La Nava)
  • Finalista do challenger de São Paulo (c/Daniel Muños-de La Nava)
2009:
  • Finalista do challenger de Atenas (Jesse Huta Gallung)
2008:
  • Finalista dos futures de Zaragoza (c/Andoni Vivanco) e Bari (c/ Ignacio Coll-Riudavets)
2007:
  • Vencedor do future de Málaga (c/ Gonçalo Nicau)
2006:
  • Vencedor do future de Faro (c/Marcel Granollers)
2005:
  • Vencedor do future de Gran Canaria (c/ David de Miguel)
2004:
  • Vencedor de future de Gran Canaria (c/David de Miguel) e Vigo (c/ Martin Vilarrubi)
2003:
  • Finalista do future de Denia (c/ Karim Maamoun)

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