segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Terras do nosso Algarve - Portimão

Portimão é uma cidade portuguesa no Distrito de Faro, região Algarve, com cerca de 36.243 habitantes (2001). O centro da cidade está situado a cerca de 2 km do mar e é um centro importante de pesca e turismo.

É sede de um município com 182 km² de área e 49.330 habitantes (2007), subdividido em 3 freguesias. O município é limitado a norte pelo município de Monchique, a leste por Silves e Lagoa, a oeste por Lagos e a sul tem litoral no oceano Atlântico. 

No município de Portimão assenta boa parte dos serviços hoteleiros do Algarve. Povoações como Alvor ou a conhecida Praia da Rocha oferecem ao visitante uma excepcional paisagem marítima e maravilhosas praias para descansar e praticar desportos náuticos. Ao final da tarde, um pequeno descanso para desfrutar até ao dia seguinte após uma animada saída nocturna. 


História do Concelho de Portimão 

A presença humana desde o neolítico está comprovada pelas importantes necrópoles de Alcalar e de Monte Canelas e por outros vestígios arqueológicos espalhados pelo concelho. A recente descoberta, na Vila Velha de Alvor, de um provável povoado do séc. III/II a.C., assim como o espólio arqueológico e marítimo recuperado do fundo do rio Arade e zonas costeiras do município lançam nova luz sobre a importância do litoral no período de desenvolvimento do comércio atlântico, a partir do Mediterrâneo e norte de África, após a presença de feitorias fenícias, gregas e cartaginesas.

Se é controversa a identificação de Portimão com Portus Hannibalis, Portus Magnus ou Porcimunt, é certa, porém, a existência romana na cidade e no espaço do concelho. Ânforas, moedas, tanques de salga de peixe, artefactos de bronze, cisternas, materiais de construção diversos, restos de antigos edifícios no Vale da Arrancada, Montemar, Baralha e, sobretudo, a importante "Villa" da Abicada, são disso testemunha.

A presença árabe é denunciada por achados fortuitos (cerâmica e moedas) e pela sua influência nas chaminés, noras, construções em taipa, pequenas capelas, na agricultura e em alguns tipos de vegetação do concelho.

A moderna Portimão nasce no reinado de D. Afonso V (1463), com a concessão de privilégios a uma povoação que acabaria por receber o nome de Vila Nova de Portimão e ser cercada por muralhas. Inserida no período de expansão dos Descobrimentos, Portimão cresce com o comércio internacional, dinamizado pela navegação na costa africana.

0 terramoto de 1755 traz grandes destruições, seguidas de uma redução da actividade económica que só viria a recuperar novo vigor nos finais do séc. XIX, com o desenvolvimento do comércio e exportação de frutos secos, da actividade moageira, da pesca e da indústria de conserva de peixe, que se prolongaria pelo séc. XX. Portimão é promovida a cidade em 1924 pelo então Presidente da República, o escritor portimonense Manuel Teixeira Gomes.

Nas últimas três décadas, o turismo tem sido o motor de desenvolvimento de Portimão, que hoje se orgulha de ser a segunda cidade mais populosa do Algarve.



Visitar Portimão 

O perfil branco de uma igreja no alto de uma colina. As ruas estreitas do antigo bairro de pescadores e comerciantes. Aspectos de Portimão que definem o seu carácter de cidade secular. A que se junta a presença do mar e do areal extenso da Praia da Rocha.

Igreja de Nossa Senhora da Conceição

Localizada no alto de uma colina, marcou durante séculos o perfil da cidade. Edifício do séc. XV, sofreu reconstrução no séc. XVIII, seguida por remodelação no séc. XIX. Da edificação primitiva resta um belo portal gótico, com capitéis decorados, uma gárgula e botaréus. Interior de três naves. No altar-mor, valioso retábulo de talha dourada, com decoração barroca. Entre as imagens, destaca-se um São Pedro Apóstolo (séc. XVI) e quatro crucifixos de marfim e pau-santo. Pias de água benta manuelinas (séc. XVI). Silhar de azulejos de diversas proveniências (séc. XVII).




Colégio dos Jesuítas

Edifício de linhas austeras e majestosas, mandado construir por voto de Diogo Gonçalves, fidalgo enriquecido no Oriente, que tem túmulo de mármore polícromo no interior da igreja. Construído de 1660 a 1707, sofreu amplas reparações após 1755.
A fachada apresenta três corpos, sendo o correspondente à igreja mais elevado e com frontão de linhas curvas. No corpo lateral direito, uma porta manuelina (séc. XVI). A igreja, a mais ampla do Algarve, é de uma só nave e característica das igrejas salão. Altar-mor e altares colaterais com talhas douradas (início do séc. XVIII) de grande interesse pela profusão decorativa, com uma imagem da Virgem e do Menino, renascença (séc. XVI) e outras dos sécs. XVII/ /XVIII. Nos altares laterais, uma imagem de Nossa Senhora da Piedade e o crucifixo do Senhor Jesus dos Milagres (séc. XVII). No topo da nave, em nicho envidraçado, a imagem do Senhor dos Aflitos, de grandes dimensões.




Capela de São José

Edificação de fachada simples, com frontão de linhas curvas e pináculos, situa-se na zona antiga da cidade frente aos estaleiros navais e ao "Largo da Barca", lugar de atravessamento do rio com uma embarcação antes da construção da ponte.


Centro Histórico

De Portimão medieval restam apenas alguns panos de muralhas ocultados pelo casario. É a arquitectura dos finais do séc. XIX e início do séc. XX que marca o perfil do centro histórico, nas casas de dois pisos, de varandas de ferro forjado, cantarias enobrecidas nas janelas e portas, remates com balaustradas de pedra e cerâmica, paredes revestidas a azulejos. A Câmara Municipal ocupa o antigo Palácio dos Viscondes de Bívar (séc. XVIII), edifício de linhas nobres e clássicas.
Para viver e conhecer a alma de Portimão é necessário esquecer o tempo à sombra das árvores do jardim Manuel Bívar, vendo passar os barcos de pesca e de recreio, percorrer as ruas e praças que falam de uma cidade industriosa e activa, que soube acompanhar o progresso.


Praia da Rocha

Areias finas e douradas a perder de vista. Tranquilo mar azul-turquesa. Falésias ocres e rochedos de formas fantasiosas. É este o quadro natural da Praia da Rocha que, hoje como sempre, entusiasma pela sua beleza.
Descoberta para o turismo nos finais do séc. XIX foi, durante décadas, estância de Verão de famílias abastadas de Portimão, do Algarve e da Andaluzia e, no Inverno, de Inglaterra.
Desse período histórico data o Hotel da Bela Vista, com a sua arquitectura e decoração ao gosto "belle époque".
Os anos 50 e 60 foram os da progressiva internacionalização, que levaram à sua transformação num centro turístico cosmopolita, num nome conhecido em toda a Europa que gosta de sol, mar e praia.




Fortaleza de Santa Catarina de Ribamar

Integrava, juntamente com o fronteiro forte de São João de Arade, em Ferragudo, as defesas de Portimão e do seu porto contra os ataques de corsários e piratas.
Construção dos sécs. XVII/XVIII com excelente posição estratégica. Miradouro privilegiado do mar, do rio, das praias e falésias, pretexto para desfrutar ao fim da tarde o pôr-do-sol. No interior, uma antiga ermida dedicada a Santa Catarina de Alexandria.

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