quarta-feira, 29 de junho de 2011

Algarve: Locais a visitar - Fonte da Benémola

Situada no barrocal algarvio, entre Querença e Tôr, a Fonte da Benémola é uma área protegida de conservação da natureza que alberga ecossistemas de grande interesse, tanto do ponto de vista geológico e paisagístico, como em termos da fauna e flora ali existente. Um espaço com 390 hectares de rara beleza, rico em espécies arbóreas e arbustivas pouco frequentes no Algarve e com uma exclusividade de animais, que impõem a necessária protecção à vida selvagem da região.


Ao longo da Ribeira da Menalva, que atravessa o sítio classificado da Fonte da Benémola, a água permite conservar uma flora abundante e diversificada, sendo visíveis freixos, salgueiros, tamargueiras e folhados, por entre os canaviais, os silvados e os loendros. Nas encostas do vale que ladeiam a ribeira, a vegetação é tipicamente mediterrânica e predominam as alfarrobeiras, aroeiras, tomilhos, alecrins, estevas, zimbros, medronheiros, rosmaninhos e carrascos. Numa zona de solo xistoso, no extremo poente da área protegida, surgem as azinheiras e alguns sobreiros.

A existência de água durante todo o ano também atrai uma grande variedade de espécies animais e, nas proximidades do curso de água, podem ver-se guarda-rios, chapins, garças, abelharucos, melros, rouxinóis, toutinegras e galinhas-de-água, a coabitar com as rãs, os pequenos peixes, os tritões, as salamandras e os cágados, que dependem do meio aquático. No entanto, o animal mais importante do sítio classificado, a lontra, raramente se avista, sendo apenas perceptíveis alguns vestígios da sua passagem. Nas cavernas que decoram o local destacam-se as duas colónias de morcegos, que aqui criaram o seu habitat e gozam o estatuto de espécie protegida.
     


Para que este espaço seja preservado foi criado um percurso pedestre especial ao longo da ribeira, com cerca de 1500 metros de extensão, que permite aos visitantes apreciar a riqueza natural deste parque. A nascente do olho, a Fonte da Benémola, os açudes e a levada são os pontos de maior interesse do percurso, que também permite uma visita à oficina de um cesteiro.

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