segunda-feira, 30 de abril de 2012

Barcos da sardinha algarvios regressam ao mar

A frota de barcos de pesca da sardinha do Algarve regressa ao mar a partir de amanhã, depois de 45 dias de paragem devido ao defeso imposto para a captura desta espécie de pescado. Mas a quantidade de peixe que os pescadores vão poder capturar até ao final do próximo mês será reduzida. 


De acordo com um despacho do Governo, as duas organizações de produtores do Algarve têm como limite de capturas, para os primeiros cinco meses deste ano, 652 toneladas de sardinha. Até ao início do defeso, a 15 de Março, já tinham sido pescadas cerca de 534 toneladas, pelo que restam apenas 118 toneladas. "É pouco, o que vai obrigar os pescadores a alguma contenção" referiu ao CM Mário Galhardo, presidente da Barlapescas.

Em relação ao resto do ano, o Governo ainda não definiu as quotas a atribuir. "Está a ser analisada a quantidade que será permitida em Junho e Julho. Defendemos que esse valor não pode ser inferior ao do ano passado, pois, caso contrário, tornaria a pesca inviável", refere o dirigente.

As restrições impostas à captura da espécie resultam de uma avaliação do Conselho Internacional para a Exploração do Mar, que revelou diminuições consideráveis da quantidade total de sardinha no mar, desde 2005, e propôs uma redução de cerca de 50% nos desembarques este ano, em comparação com 2011.

FROTA ALGARVIA CONSTITUÍDA POR 50 BARCOS

A frota de pesca da sardinha no Algarve conta com meia centena de embarcações, que se dedicam quase em exclusivo à captura desta espécie de peixe.

Os pescadores algarvios já tinham sido obrigados a parar, no final do ano passado, por decisão da Direcção-Geral das Pescas e Aquicultura, que alertou após ter sido atingida a quota anual de captura, que no ano de 2011 foi de 55 mil toneladas.

Este ano, o defeso da espécie decidido pelo Governo e obrigou a nova paragem, de 15 de Março até 1 de Maio, depois de estudos terem revelado que há menos sardinha no mar. Até 15 de Março já tinham sido capturadas 534 toneladas de sardinha.


Algarve tem um restaurante entre os 50 melhores do mundo

O restaurante Vila Joya, em Albufeira, garantiu a entrada de Portugal pela primeira vez para a lista dos 50 Melhores Restaurantes do Mundo desde que os prémios foram criados em 2002. A decisão foi anunciada, esta segunda-feira, em Londres.


O restaurante, dirigido pelo chef austríaco Dieter Koschina, subiu 35 posições para o 45.º lugar e consolida assim a reputação de melhor restaurante português.

O Vila Joya é o único restaurante português ao qual o Guia Michelin atribuiu duas estrelas desde 2011 e foi também dos poucos a merecer a melhor classificação na primeira edição do «Guia Galp - Os Melhores Restaurantes e Vinhos de Portugal» de 2012.

No ano passado, o braço direito do chef austríaco, Matteo Fernandino, disse à agência Lusa que o segredo está em fazer «cozinha de amor, boa, muito boa», sem pensar nos prémios. «Temos uma cozinha de produto. Podemos fazer pratos portugueses, espanhóis, italianos ou franceses. O importante é o produto fresco e muito bom», descreveu, elogiando o «peixe espetacular» do Algarve.

Os primeiros três lugares da lista dos 50 Melhores Restaurantes do Mundo mantiveram-se desde o ano passado, liderados pelo dinamarquês Noma, eleito o primeiro pela terceira vez consecutiva, seguidos por dois espanhóis, «El Celler de Can Roca» e «Mugaritz».

O destaque vai também para o brasileiro «D.O.M», de São Paulo, que que estreou na lista em 2006 e foi subindo progressivamente até destronar outros conhecidos restaurantes de topo, o italiano «Osteria Francescana» e o londrino «The Fat Duck», para ocupar o quarto lugar. Gerido pelo ex-DJ Alex Atala, foi considerado também, pelo terceiro ano consecutivo, o Melhor Restaurante da América do Sul.

Em termos de países, os EUA dominam a lista com oito restaurantes nomeados, mas França reina a nível europeu, sete restaurantes presentes, dos quais cinco nos primeiros 20.

Espanha, cujo «El Bulli» dominou durante vários anos a lista, mantém cinco restaurantes, incluindo o restaurante Arzak no 8.º lugar, cuja chef Elena Arzak Espina foi considerada a Melhor ChefFeminina do Mundo.

A Lista é o resultado de uma votação de uma Academia dos 50 Melhores Restaurantes do Mundo composta por mais de 800 profissionais internacionais da indústria da restauração, dividida em 27 regiões mundiais, cada uma destas possuindo um painel de 31 membros, incluindo um presidente.

A lista e os prémios foram criados em 2002 e 2003, respetivamente, e são organizados e produzidos pela revista Restaurant e patrocinados pela S.Pellegrino e Acqua Panna.

Fonte: TVI

Centro de Saúde de Portimão fechado, à espera do alcatrão

Centro de Saúde de Portimão, no Algarve, está pronto mas não pode abrir devido à falta de um acesso. ARS diz que a culpa é da Câmara Municipal, que rejeita as acusações.


São 50 metros apenas, que podem fazer toda a diferença. Cinquenta metros de alcatrão - diz a Administração Regional de Saúde do Algarve (ARS) - separam neste momento o fecho da abertura, no novo Centro de Saúde de Portimão, que deveria abrir este mês. "Tínhamos planeado inaugurar em abril, mas protelámos para maio. As acessibilidades estão a demorar", afirma ao Expresso o médico Martins dos Santos, presidente da ARS.

Em causa está a construção de uma estrada que a Câmara de Portimão se comprometeu a fazer, mas que ainda não apareceu. A ARS enviou três cartas - que não obtiveram resposta - para o município de Portimão. Finalmente conseguiram chegar à fala, mas o executivo da autarquia (liderado por maioria socialista) não tem colhido confiança por parte da Saúde: "Desde Novembro que o dizem. É preciso asfaltar porque não é possível abrir o Centro de Saúde com lama", reivindica o presidente da ARS, ex-dirigente do Sindicato Independente dos Médicos.

Contatada pelo Expresso, a Câmara Municipal garante que o Centro pode abrir a qualquer momento, utilizando um acesso provisório em tuvenan (terra batida): "São 10 metros para a entrada e 10 para a saída. Logo que fechemos o concurso público para a realização da obra definitiva ela ficará concluída, lá para julho, mas para já podem abrir com este acesso já na segunda-feira", retorque fonte da autarquia.

"É vergonhoso", diz ARS

"Dizer isso é absolutamente vergonhoso. O Centro está cheio de terra, existe um muro de terra no meio do acesso", contrapõe Martins dos Santos. "Quem vai avaliar isso são as pessoas de Portimão", acrescenta. Segundo a autarquia, o acesso atrasou-se devido às dificuldades na construção do próprio Centro de Saúde, situação que a ARS reconhece que vem de trás, desde 2003.

Mas, agora, está na hora de avançar: "Vamos abrir na segunda semana de maio. Estamos a pagar à Misericórdia e não podemos gastar dinheiro público se temos o Centro pronto", diz a ARS, que garante que a estrutura já está pronta desde janeiro, ainda que a inauguração tivesse passado para abril devido à necessidade de realização de alguns testes.

Diga-se que o novo Centro, que fica junto ao atual, permitirá abandonar as instalações do Centro antigo, alugadas à Misericórdia de Portimão, por uma mensalidade superior a 10 mil euros.

O Centro vai servir mais de 50 mil utentes e deverá albergar duas Unidades de Saúde Familiar e a sede do Agrupamento dos Centros de Saúde do Barlavento.

Fonte: Expresso

sábado, 28 de abril de 2012

Olhão: campanha de adoção de animais este fim de semana

Existem cada vez mais cães e gatos abandonados, o que implica que os centros de recolha lutem diariamente com os problemas de sobrepopulação.

Assim, o Município de Olhão decidiu realizar mais uma campanha de adoção de cães e gatos alojados no canil municipal, que tem por objetivo principal incentivar a adoção e consciencializar a população para esta problemática.



Assim, o Município de Olhão, em colaboração com a Associação de Defesa de Animais e Plantas de Olhão (ADAPO) promove, nos dias 28 e 29 de abril de 2012, uma campanha de adoção de cães e gatos do canil municipal.

A campanha terá lugar no dia 28, das 15h00 às 17h30, e no dia 29 das 10h00 às 17h30, no Jardim Pescador Olhanense. No local, serão prestados esclarecimentos sobre as normas legais de detenção de canídeos e felinos, ainda desconhecidas de uma grande parte da população. Aos animais que vierem a ser adotados será efetuado, gratuitamente, o preenchimento do boletim sanitário, esterilização, a aplicação de microchip de identificação e, no caso dos canídeos, a vacinação antirrábica.

Depois do sucesso das três anteriores campanhas de esterilização de animais errantes promovidas pelo Município foram dados os passos essenciais para a promoção do controlo efetivo das populações errantes, associadas à reprodução descontrolada.

Estas campanhas de esterilização continuam a contar com a colaboração da ADAPO, bom como de alguns médicos veterinários privados que desenvolvem a sua atividade no concelho.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Portimão e Sevilha ligam-se por via marítima semanalmente

Decorrem a bom ritmo negociações com uma companhia de cruzeiros fluvio-marítimos, visando a concretização de itinerários semanais entre Portimão e Sevilha. Segundo a Câmara Municipal de Portimão, está a ser desenvolvido um trabalho conjunto por ambas as partes para atrair navios de cruzeiros para o Algarve e Andaluzia. 

 

O itinerário atualmente em avaliação técnica prevê escalas nos portos de Sevilha, Vila Real de Santo António, Olhão e Faro, com operações de turn-around (embarque e desembarque de passageiros) em Portimão, possibilitando a organização de pacotes turísticos para os passageiros com permanência na região algarvia, o que poderá criar boas dinâmicas económicas na hotelaria, na restauração, no comércio local e no próprio Aeroporto Internacional de Faro. 

Refere a autarquia que o Porto de Portimão teve nos últimos quatro anos um significativo aumento no número de passageiros de cruzeiros, passando de 5.798 em 2007 para 44.841 no ano passado, o que representou um crescimento de 673 por cento, mercê também da localização estratégica que possui, na confluência entre o Atlântico e o Mediterrâneo, beneficiando de condições naturais únicas.

Fonte: Região Sul

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Praias do nosso Algarve - Praia do Camilo

A esplanada no topo da arriba oferece uma fabulosa vista panorâmica sobre a linha de costa entre Lagos e o concelho de Albufeira, com uma ampla perspectiva sobre o oceano salpicado pelos triângulos brancos dos veleiros. Uma grande escadaria de pedra dá acesso à praia, percorrendo uma zona de matos com plantas típicas do barrocal algarvio: carrascos, aroeiras, roselhas e sargaços. 


Na face da arriba mais exposta ao mar, dominam a salgadeira e a barrilha, plantas bem adaptadas à salsugem. Uma enorme formação rochosa divide o areal, é possível atravessá-la através de um túnel estreito e húmido, escavado à mão, onde se observam muitas conchas marinhas embutidas na rocha. Para trás da praia, a arriba é macia e rubra, de natureza areno-argilosa, muito ravinada. Já a ladear o areal dominam os tons ocres das arribas talhadas em calcarenitos, formando relevos típicos como leixões, arcos e sapas. Inúmeras aves apreciam as plataformas rochosas dos leixões, inacessíveis a predadores, sendo comum observar nesta praia corvos-marinhos, gaivotas e guinchos.


Nota: Uma vez que existe a possibilidade de ocorrer desprendimento de pedras, recomenda-se atenção à faixa junto das arribas.

Acesso: viário alcatroado a partir de Lagos, subindo a Av. dos Descobrimento e virando à esquerda na rotunda junto ao Quartel dos Bombeiros, seguindo na direcção da Ponta da Piedade. A Praia do Camilo está sinalizada. Estacionamento pequeno mas ordenado. Equipamento de apoio (restaurante e WC) e vigilância na época balnear. Orientação: sul.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Contagem decrescente para o Internacional GT Open no Autódromo do Algarve

O Autódromo Internacional do Algarve vai acolher, entre os dias 27 e 29 de Abril, um total de mais de 140 pilotos, mais de metade participantes do International GT Open.


O International GT Open de 2012 inicia a sua temporada no Autódromo Internacional do Algarve e será o evento principal do fim-de-semana, de 27 a 29 de Abril, a que se juntam a Fórmula 2, o Europeu de Fórmula 3 e o Desafio Único - FEUP, num total de mais de 140 pilotos em pista, entre os quais muitos portugueses.

Este início de temporada do GT Open é prometedor, tendo em conta que em pista estarão um sem número de máquinas que se têm destacado nos mais diversos campeonatos nacionais e internacionais. No total, serão 39 equipas e 76 pilotos e entre estes vários portugueses: para além de Miguel Ramos que fará equipa com Rafaelle Giammaria no Porsche 997 GT3, vamos poder contar com Miguel Pais do Amaral num Ferrari 458 GT3, com Hugo Godinho/João Ramos no Ferrari 430 GT2, com Rui Lapa num Ford GT, com Manuel Gião num Audi R8 LMS, com César Campaniço também num Audi R8 LMS, com Patrick Cunha/José Ramos num Lamborghini Gallardo, com Jorge Queiroz/Pepe noutro Lamborghini Gallardo, com António Nogueira e a sua nova aquisição o Porsche 997, com António Coimbra/Luís Silva no McLaren MP4-12C da ASM Team e com Joffrey Didier e Ângela Negrão, a única representante feminina, num Lotus Evora.

 

A juntar aos participantes no campeonato GT Open temos ainda os 19 inscritos na Fórmula 2, os 26 participantes no Europeu de F3 e mais de 20 no Desafio Único FEUP. Estás assim prometido um fim-de-semana de muita adrenalina e competitividade, com algumas particularidades: quem comprar bilhete “paddock” vai ter oportunidade de efectuar uma “Lap Parade” com o seu próprio carro ao circuito no final do dia de sábado e domingo, sendo o número de inscrições limitado.

Fonte: Lusomotores

ARS do Algarve alerta para falsos rastreios de AVC

A Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve recomenda à população especial atenção em relação a alegados rastreios de AVC (acidente vascular cerebral) efetuados por entidades com fins comerciais.

Burlões dizem ser profissionais do Ministério da Saúde,
oferecem rastreios gratuitos e depois tentam vender colchões

Tendo tomado conhecimento de várias participações, a ARS Algarve verificou que a forma de atuação desses indivíduos obedece a um esquema sempre semelhante:

  • Apresentam-se como profissionais do Ministério da Saúde, efetuam um contacto telefónico para casa das pessoas convidando-as a beneficiar de um rastreio gratuito de AVC, com assistência prestada por pessoal especializado;
  • É marcada uma data específica num determinado local, em horário pós laboral;
  • No local, as pessoas são confrontadas com um rápido questionário e encaminhadas para uma promoção comercial que visa promover a aquisição de serviços ou vendas de produtos, nomeadamente, colchões.

Estes atos, agora denunciados, são suscetíveis de afetar a confiança dos utentes nos rastreios legítimos, efetuados no âmbito dos programas do Ministério da Saúde em colaboração com entidades públicas e privadas, com intuito de promover a prevenção e deteção precoce de determinada doença ou outra condição.

A ARS Algarve promove ativamente ações de rastreio junto da população, em diversas áreas da saúde, que publicita no seu site da Internet, divulgação essa que complementa através de cartazes, afixados nos centros de saúde e unidades funcionais, devidamente autenticados e de autoria inconfundível, e nunca por contacto pessoal, designadamente telefónico.

Perante a gravidade da situação e tendo em conta a referência ilícita por parte destas entidades comerciais ao Ministério da Saúde, a ARS Algarve participou às autoridades competentes as referidas ocorrências.

Condenam-se estas iniciativas comerciais, que não visam outro fim senão a promoção de produtos, e que são contrárias ao modo de intervenção científico e social da ARS Algarve e aos seus objetivos de prestação de cuidados de saúde de qualidade à sua população.

Em caso de dúvida em relação a rastreios alegadamente efetuados em colaboração com o Ministério da Saúde, esclareça-se junto da ARS Algarve sobre a veracidade de tais iniciativas, através do telefone 289 889 900 (Gabinete do Cidadão, Relações Públicas e Comunicação) ou pelo e-mail gabcidadao@arsalgarve.min-saude.pt. Se participou num rastreio falso denuncie.

Algarve já começou a comemorar os 38 anos do 25 de Abril



Música e desporto em Castro Marim

Castro Marim assinala o 38.º aniversário do 25 de Abril com um programa de atividades onde a música e o desporto vão estar de mãos dadas.

A jornada comemorativa começa às 8h00 com a alvorada e o lançamento de morteiros, seguindo-se o hastear da bandeira nacional no edifício dos paços do concelho e a tradicional largada de pombos. Uma hora e meia depois, a Banda Musical Cas-tromarinense realiza a tradicional arruada pelas ruas da vila, prosseguindo com um desfile pelas localidades de Furnazinhas, Odeleite, Alta Mora, Azinhal, Junqueira, Monte Francisco, Rio Seco, São Bartolomeu do Sul e Altura.

Às 10h00 terá lugar o Passeio de Família que irá reunir dezenas de famílias para um passeio de bicicleta, cujo ponto de encontro é a sede do CD Alturense.

A encerrar as comemorações, às 15h00, no campo de futebol 11, em Altura, realiza-se um jogo de futebol entre adeptos do Benfica e do Sporting.

Tributo a Zeca Afonso em Faro

O ponto alto das comemorações na cidade de Faro será esta noite, terça-feira, dia 24, com o espetáculo Tributo a Zeca Afonso, que decorre a partir das 22h00, no Passeio da Doca.

Outra das iniciativas é a exposição “25 de abril, Um Olhar Sobre a Liberdade”, com trabalhos realizados pelas turmas do 1.º ciclo do concelho. A mostra de cartazes, alusivos aos principais símbolos e mensagens proporcionadas por essa nova página da história do país, desenhados por artistas de tenra idade, vai estar patente no Museu Municipal de Faro, até 6 de maio.

S. Brás com atividades para quatro dias

Em S.Brás de Alportel, o 25 de abril é comemorado com diversas atividades repartidas por quatro dias.

O Festival Contos da Liberdade teve a primeira sessão no passada semana, na Biblioteca Municipal Dr. Estanco Louro, e regressa no dia 28, desta vez ao Vintage Lounge Bar, às 22h00.

Hoje, terça-feira, realizam-se atividades comemorativas no Museu do Trajo, a partir das 19h00. Esta noite, a partir das 21h30, a Zen Arte organiza um sarau de música e de poesia intitulado Tributo aos Cantautores de abril, com as atuações de Ricardo Martins (piano e voz solo), finalista do Festival RTP da Canção 2010, Nuno Martins (guitarra) e Paulo Pires (acordeão e coros).

Amanhã, às 10h00 realiza-se o tradicional jogo de futebol entre solteiros e casados, na localidade de Machados.

Luís Galrito e Canto Livre em Olhão

O “cantautor” Luís Galrito chega ao Auditório Municipal de Olhão acompanhado pelo grupo alentejano Canto Livre. Ambos prometem fazer o público cantar com alma na esta noite, a partir das 21h30.

Mas a maioria das iniciativas decorrem, amanhã, quarta-feira, dia 25. Na Fuzeta haverá canções, histórias e conversas sobre o 25 de abril, bem como o visionamento de vídeos alusivos à data (15h00, no salão multiusos da junta de freguesia), seguidos da atuação dos alunos da escola de música da Associação Cultural Fuzetense (17h00, na Praça da República).

Para Moncarapacho está previsto um baile convívio com as atuações de Filipe Romão e de Tony das Favelas (15h00, no pavilhão multiusos).

Na sede de concelho, o estádio municipal acolhe um torneio de futebol.

Em Pechão realiza-se a iniciativa “Pechão em Festa Pela Liberdade”, com animação desportiva e cultural, a partir das 10h20, bem como uma homenagem aos antifascistas de Pechão (12h00, em frente à placa evocativa) e um torneio de futsal (18h00, na zona desportiva).

Loulé celebra com filme “Capitães de abril”

Em Loulé, a celebração desta data começa esta noite com o filme “Capitães de Abril”, às 21h30, no Cine-Teatro Louletano.

No dia 25, depois das habituais cerimónias que incluem o hastear da bandeira nacional, serão entregues os talhões de terreno nas hortas sociais de Loulé.
O espetáculo “E Foi Assim que abril Chegou” começa às 16h30.

Ao longo do dia realizam-se ainda diversas atividades desportivas que incluem minigolfe, râguebi e karaté, entre outras.

VRSA com animação na Praça Marquês de Pombal

Em Vila Real de Santo António haverá animação ao longo de todo o dia na Praça Marquês de Pombal, com atividades desportivas e culturais e com a participação de associações e clubes do concelho.

Mas as comemorações começam logo pela manhã, com as habituais cerimónias que incluem o hastear das bandeiras, a sessão solene e a distribuição de cravos. Está ainda previsto um momento musical.

Albufeira assinala 38.º aniversário da Revolução dos Cravos

Evocando o espírito de há 38 anos, o povo volta a sair à rua para comemorar mais um aniversário da Revolução dos Cravos.

Em Albufeira, as festividades prolongam-se por todo o dia com atividades diversas.
Logo pela manhã, o largo dos paços do concelho será palco das cerimónia protocolares.

De seguida, a autarquia irá inaugurar a rua José Cabrita “Santos”, em homenagem ao ex-presidente da junta da Guia, falecido em 2010. Após esta inauguração, o executivo irá visitar o parque de estacionamento construído junto ao recinto escolar, com 150 lugares.

Pelas 18h00, será inaugurado o mais recente posto de turismo de Albufeira. O edifício situa-se junto ao posto de abastecimento da entrada da cidade, integrando a empreitada de requalificação da zona, que tota-lizou um investimento de 6,8 milhões de euros.

Portimão celebra a liberdade e a democracia

A quarta e última assembleia participativa, que está agendada para o dia 25, no salão nobre da câmara de Portimão, a partir das 17h00, é um dos momentos altos das comemorações que celebram a liberdade e a democracia neste concelho.

Por outro lado, com o patrocínio da câmara de Portimão e o apoio do Teatro Municipal de Portimão, no dia 24, pelas 21h30, terá lugar um espetáculo comemorativo com a prestação de Ondina Santos, Tuniko Gou-lart, João Rocha, Vasco Ramalho e o coro do Conservatório de Portimão-Joly Braga Santos, que interpretarão temas do repertório de Zeca Afonso.

As celebrações incluem ainda as atividades oficiais (24 e 25), assim como diversas festividades dinamizadas pelo movimento associativo do concelho.

Lagos recorda o Dia da Liberdade

O município de Lagos preparou um programa diversificado que, este ano, começou no passado dia 20 e vai prolongar-se até ao dia 29.

Da cultura, ao desporto e às habituais cerimónias protocolares, muitas são as atividades propostas e a realizar em todo o concelho.

Hoje, será apresentada na biblioteca municipal uma exposição bibliográfica intitulada “…Porque é Livre como o Vento! – Leitura proibida no Estado Novo”.

O dia 25 contará com as habituais cerimónias protocolares, e para o dia 28 está prevista uma cerimónia de descerramento de placas toponímicas, na qual o município prestará homenagem a diversos escritores e cantores de Portugal.

Silves comemora data com várias atividades

Até ao dia 29, terão lugar, em diversas freguesias do município de Silves, várias atividades desportivas, culturais, religiosas e protocolares.

Na cidade de Silves, decorrerá o concerto “Jazz com todos”, a “Segunda Mal’Dita”, pinturas ao vivo, passeio de btt, exposição de pintura, arruada com a Banda da Sociedade Filarmónica Silvense, marcha pedestre e passeio todo-o-terreno.

Lagoa promove passeio de BTT Rota das Freguesias

O I Passeio de BTT Rota das Freguesias vai realizar-se amanhã, dia 25, e está integrado nas comemorações do 25 de Abril do município de Lagoa.

Este passeio tem como principal objetivo o convívio e a prática desportiva. A partida será feita do pavilhão desportivo municipal Jacinto Correia de Lagoa, pelas 8h45, sendo a partida oficial junto aos paços do concelho após o hastear da bandeira. A prova é aberta a todo o público em geral, com idade igual ou superior a 12 anos. Haverá dois percursos, um de 25 quilómetros e outro de 50 quilómetros, sendo que o percurso curto é coincidente com a primeira parte do percurso grande e decorrerá em conjunto.

Vila do Bispo assinala Dia da Liberdade com bailes e desporto

As comemorações no município de Vila do Bispo estendem-se até ao dia 28 com diversas iniciativas.

Bailes musicais, torneios de cartas e petanca e jogos tradicionais, fazem parte da programação preparada pela autarquia, assim como contos infantis, sessão de cinema temático e poesia alusiva ao 25 de abril.

Marenostrum em Tavira

No âmbito das celebrações do 38.º aniversário do 25 de Abril, realiza-se, no Dia da Liberdade, pelas 21h30, no jardim do Coreto, em Tavira, o concerto da banda Marenostrum.

A banda local, para além dos temas dedicados a esta data, apresenta a sua versão das músicas do mundo, num espetáculo onde o corridinho vai ao baile com a morna ao som dos Balcãs e Médio oriente, sempre com o mar lusitano e as nossas raízes como pano de fundo, criando um ambiente único e conseguindo trazer aos sentidos o cheiro da maresia e a beleza da serra.

Gastronomia Algarvia - Conserva de Cenouras à Algarvia

Ingredientes:
Para 4 pessoas

300 grs de cenouras roxas tenras ;
3 dentes de alho ;
1 ramo de salsa ;
1 colher de colorau doce ;
1 colher de erva doce ;
1 dl de vinagre ;
sal q.b. ;
pimenta q.b.


Confecção:
Lave as cenouras e descasque-as. Coza-as inteiras, temperadas com sal. Deixe arrefecer. Corte ás rodas não muito finas. Descasque os alhos e pique.
À parte, numa vasilha apropriada, deite as cenouras. Tempere com o alho, o colorau, a salsa, o vinagre, a erva doce, o sal e a pimenta.
Deixe repousar na marinação alguns dias antes de servir.

Conselho: As cenouras a utilizar nesta confecção deverão ser das roxas. Esta conserva poderá ser servida como acepipes ou como acompanhamento de peixes ou carnes.

sábado, 21 de abril de 2012

À Descoberta do Algarve Rural - Pelo Vale do Guadiana

Sob o signo do grande rio do Sul vamos de Castro Marim até Afonso Vicente. Lado a lado com o Rio Guadiana, deambulamos por entre salinas, sapais, montes e vales, barragens, ribeiras e ancoradouros. Numa paisagem em que o rio assoma a cada curva, a flora e a fauna reafirmam que se está bem por ali. São as praias fluviais, as artes da pesca, os ensopados de enguias, a apetitosa lampreia. O rio está por perto e sempre amigo. São sinais de labuta simples, a cestaria em cana, as rendas de bilros, as miniaturas em madeira. Seguimos ao encontro de vestígios milenares de ocupação humana, desde o Neolítico à época fenícia, romana ou árabe. Castelos, muralhas, torreões circulares e torres quadrangulares. E o prazer da descoberta da arquitectura rural à entrada de cada povoação... os fornos comunitários, arramadas e palheiros.



Este percurso começa em Castro Marim e sobe até Afonso Vicente sob o signo do Rio Guadiana. O aglomerado urbano de Castro Marim é de grande valor arqueológico com vestígios de ocupação pré-histórica, fenícia, romana, árabe e cristã, tendo sido conhecido por Baesuris. Esta vila medieval é conhecida pela beleza do seu Castelo e da cerca muralhada (1). O miradouro do castelo oferece uma vista extraordinária sobre o Rio Guadiana, a vila, as salinas e a serra. Ainda neste espaço, o Castelo Velho, possívelmente de origem muçulmana, exibe os seus torreões circulares. Na porta principal apresenta um curioso relevo em forma de chave e siglas características dos pedreiros medievais. A próxima visita é à Igreja Matriz de Castro Marim (2). Para lá do património, os produtos locais também fazem as delícias de quem visita Castro Marim, com os doces tradicionais ou as rústicas peças de artesanato, as miniaturas em madeira, a cestaria em cana, capachos em folha de palma, renda de bilros e tapeçaria. Se a fome já apertar, é de provar umas papas de milho ou uma açorda de galinha.
Em frente a Castro Marim podemos apreciar as belezas naturais dos 2.089 hectares da Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António (3). É uma área protegida do sotavento algarvio que abrange zonas húmidas de sapal, salinas, esteiros e zonas rurais de xistos, grés vermelho e areias ou arenitos, apresentando grande potencial económico e interesse biológico. 
Saímos pela EN 122 e voltamos à esquerda na saída da Junqueira pela estrada municipal 1132, e a cerca de 3 km encontramos Beliche e a Barragem do Beliche (4). A riqueza natural e paisagística propicia um passeio tranquilo, um piquenique ou permite mesmo assistir à captura de peixe. Voltamos para trás para apanhar a EN 122 e seguir até à encantadora aldeia do Azinhal onde recomendamos a visita à Igreja Matriz Espírito Santo (5). A não perder o Centro Cultural do Azinhal (6). O museu “O Saber das Mulheres”, dá-nos a conhecer o importante papel das mulheres no desenvolvimento de várias actividades, nomeadamente na produção artesanal de rendas de bilros. Contudo, não saímos do Azinhal, sem provar os doces regionais feitos por um grupo de mulheres na Pastelaria “A Prova” (7) ou o queijo e o bom vinho.
Seguimos na EN 122 e 3 km à frente fazemos um desvio em direcção a Almada de Ouro, uma pequena localidade situada na margem do Guadiana. Os passeios a pé são aprazíveis envolvendo-nos na beleza natural e ambiental da zona.
Seguimos até Alcarias, situada no cimo de um monte. É “uma aldeia miradouro” com excelente vista sobre Odeleite. Aproveitamos para fazer pequenas incursões por entre o que são os vestígios da arquitectura rural, casas construídas em pedra, palheiros, arramadas, fornos comunitários e diversos engenhos de água (8). Estão disponíveis e sinalizados no local dois percursos pedestres.

Barragem do Beliche
Seguimos pela estrada 1063 e chegamos à Foz de Odeleite, onde a Ribeira de Odeleite desagua no Rio Guadiana, o que torna a zona envolvente um paraíso natural com lugares recolhidos e pequenos ancoradouros (9). Sugerimos um dos passeios que aqui se organizam, de barco ou a pé, ou um banho e uma boa pescaria. Na Foz de Odeleite ainda é de visitar a queijaria artesanal (10). Dirigimo-nos ao Álamo pela estrada 507 e visitamos a Barragem Romana do Álamo (11), infra-estrutura milenar que indicia a localização de uma abastada villa situada a cerca de 100m a jusante. Quem quiser pode pernoitar num espaço de turismo rural, desfrutar do silêncio e reencontrar-se com a vida rural na sua expressão mais simples e autêntica. 
Mais à frente, em Guerreiros do Rio, visitamos o Museu do Rio (12) onde vamos conhecer a história do rio e das suas gentes, e admirar o trabalho ao vivo de alguns artesãos que ainda se dedicam à manufactura de artes de pesca nas margens do Guadiana. Para quem ainda não experimentou o ensopado de enguias, a lampreia, o muge ou o axigã, pode fazê-lo neste recanto do grande rio do sul. Seguimos pela mesma estrada e chegamos à localidade de Laranjeiras e ao Montinho das Laranjeiras. Aqui foram encontrados vestígios da villa Romana do Montinho das Laranjeiras (13), o que confere grande valor arqueológico e turístico a este sítio. A arquitectura rural serrana também está patente nos fornos comunitários, casas construídas em pedra, palheiros, arramadas e engenhos de água como as noras, poços (14). Seguimos em direcção a Alcoutim e 3 km à frente encontramos o Miradouro do Pontal (15), excelente local para desfrutar da beleza natural ou para merendar. 
Chegamos a Alcoutim, vila encantadora, com uma vista privilegiada para o Rio Guadiana e para a nossa vizinha Espanha, conquistada aos Muçulmanos em 1240. O Castelo de Alcoutim (16), datado do séc. XIV, está classificado como Imóvel de Interesse Público. Aqui, o Núcleo Museológico de Arqueologia (17) apresenta exposições sobre o património arqueológico do concelho, sendo o fio condutor um percurso histórico que se iniciou há mais de 5000 anos. Locais e objectos impregnados de uma memória milenar procuram transmitir culturas e saberes que, num passado mais ou menos longínquo, se cruzam no território que hoje é Alcoutim. No recinto do castelo, a loja de artesanato (18) dá a conhecer os produtos locais. A vila de Alcoutim está repleta de igrejas, pois os Portugueses ao conquistarem as povoações aos Mouros, um dos primeiros actos solenes que realizavam era a sagração das mesquitas em igrejas cristãs. A próxima visita é à Igreja de N. Sra. da Conceição (19) onde recomendamos o roteiro do Núcleo Museológico de Arte Sacra (20): “Quatro séculos de Arte Sacra no concelho de Alcoutim”. Outra igreja a visitar é a Igreja Matriz do Salvador de Alcoutim (21) com o característico cata-vento em forma de galo. A primitiva igreja é um dos melhores exemplares do Primeiro Renascimento no Algarve e a única manifestação no concelho. Seguimos para a Ermida de St.º António (22), construção de alçados lisos, abóbada em berço e telhado de duas águas. 
Podemos pernoitar em Alcoutim na Estalagem do Guadiana ou na Pousada da Juventude e aproveitar para nos deliciarmos com a oferta da gastronomia local. São famosos os queijos, os chouriços e o presunto. Nos pratos principais, temos os ensopados de borrego e cabrito, os cozidos de grão e feijão, a caça, a galinha caseira, os ovos com tomate. Na doçaria destacam-se os nougats, o bolo de amêndoa e de sarrabulho, filhós de forma, canudo e joelho. Para beber temos a aguardente de medronho e figo, os licores e o vinho caseiro. 
A cerca de 1 km de Alcoutim, e atravessando a Ribeira dos Cadavais por uma moderna ponte, num morro sobranceiro ao rio e proporcionando imagens de grande beleza natural, erguem-se as ruínas do Castelo “velho” de Alcoutim (23), povoação muçulmana protegida por muralhas e torres quadrangulares. A não perder a praia fluvial (24) situada na Ribeira dos Cadavais com o seu parque de lazer e o bar, a funcionar nos meses de Verão. Seguindo o caminho de acesso da praia fluvial, chegamos à Barragem de Alcoutim (25), que apresenta uma componente paisagística de grande valor e riqueza ao nível da fauna e da flora. Existem também diversas zonas de caça onde se podem observar diferentes espécies cinegéticas.
Seguindo pela estrada 507 chegamos a Cortes Pereiras, uma localidade situada numa planície onde são visíveis os costumes antigos associados à extracção mineira. Aqui e em Monte Vascão encontramos trabalhos de pintura em cerâmica ou azulejo (26) inspirados na arquitectura e flora locais. Seguimos para Afonso Vicente e a 1,5 km a noroeste visitamos o Menir do Lavajo (27), com 3,14 m de altura e que data do Período Neolítico Final. Nestas voltas pela freguesia iremos apreciar a cultura de um povo expressa no seu artesanato. 
No final deste percurso podemos optar por seguir pela EN 122 e percorrer os 32 kms até Mértola para visitar a vila-museu e os preciosos testemunhos da presença romana e islâmica, ou então fazer o percurso “Pelo Nordeste Interior” que parte de Odeleite.

Castelo de Alcoutim

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Praias do nosso Algarve - Praia da Figueira

Os carros ficam a cerca de 500m da praia, o acesso pedonal é feito através de um trilho estreito que percorre um dos vales mais bonitos da região, com encostas verdejantes, áreas de pinhal e imponentes afloramentos rochosos calcários onde se avistam enormes grutas. 


Na várzea da pequena ribeira, o visitante encontra pomares, sobretudo com figueiras e oliveiras e muita passarada entretida com os frutos. A praia é muito tranquila e tem um certo ar de fim de mundo, possivelmente devido à ausência de veículos na paisagem. O areal é delimitado por arribas de cores quentes com formas muito curiosas, onde se avistam, a nascente, as ruínas de uma fortificação do séc. XVI. Também aqui o calhau rolado é usado pelos banhistas na construção de pequenos abrigos semicirculares de pedra que funcionam como corta-vento.


Acesso: Viário alcatroado a partir da povoação da Figueira (sinalizada na EN 125), seguindo na direcção da fortaleza durante cerca de 1 km. Estacionamento pequeno e não ordenado, a 500m da praia, sem equipamentos de apoio. Orientação: sudeste.

domingo, 8 de abril de 2012

Portugueses deixam o Algarve e os que podem vão para Cabo Verde

Austeridade mudou os hábitos das férias da Páscoa e foram os mercados internacionais que vieram salvar o turismo. 


Com a crise os portugueses estão a viajar menos, mesmo dentro de Portugal. Nesta Páscoa, quem saiu foi mesmo para fora de portas. 

No Algarve, a Páscoa superou as expectativas, mas não pela procura interna. “As ocupações estão acima do que estava inicialmente previsto, atendendo à situação económica que o país atravessa e às medidas de austeridade. Por um lado, assiste-se a uma descida por parte do mercado interno e espanhol e, por outro lado, uma subida do nosso principal mercado fornecedor, que é o Reino Unido, o que, de alguma forma ajuda a compensar a descida que se verifica no mercado interno e espanhol”, afirma à Renascença o presidente da Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve, Elidérico Viegas. 

O mesmo sentem os responsáveis pelo turismo na Madeira: os portugueses foram para outro lado e deram lugar aos estrangeiros. 

“Esta época da Páscoa ficou abaixo dos anos anteriores. As ocupações são satisfatórias, mas aquém daquilo que é normal numa época como esta. O mercado que teve um resultado menos bom foi o nacional, que diminuiu significativamente as reservas para a Madeira nesta época do ano. E foi compensado pelos mercados internacionais, que cresceram”, indica João Welch, da Associação das Agências de Viagens. 

Ao que tudo indica, os portugueses preferiram sair para fora do país. O destino mais procurado foi Cabo Verde, para onde os voos “charter” esgotaram. 

“Foi um destino que se vendeu muitíssimo bem, teve bastante procura”, refere Nuno Anjos, do operador Soltrópico, adiantando que os Açores também tiveram “um aumento da procura” esta Páscoa. 

A crise fez-se, assim, sentir nos principais destinos turísticos portugueses, mas os mercados internacionais vieram compensar um pouco a perda.

Fonte: RR

Automobilistas estrangeiros desesperam na Via do Infante

O sistema de cobranças, sem portageiros, revela-se um fracasso. Os turistas queixam-se: "Até para pagar se criam dificuldades"

Os espanhóis esperaram, e desesperaram, para entrar em Portugal, pela fronteira do Guadiana, neste período da Páscoa. O sistema de portagens, instalado na Via do Infante (A22), à saída da ponte, é "confuso, ineficaz". Muitos, mesmo sem querer, acabam na EN125, contribuindo para congestionar ainda mais esta via de elevada sinistralidade. 


A Estradas de Portugal (EP) procurou, nos últimos três dias, "humanizar" o serviço de cobrança de portagens na A22, colocando na fronteira de Castro Marim/Vila Real de Santo António uma funcionária para ajudar os automobilistas a operarem a máquina de pagamento. O movimento das mini-férias da Páscoa serviu para testar o que já se sabia: até para pagar se criaram dificuldades aos turistas.

O casal João e Lola, na casa dos 30 anos, está entre os muitos espanhóis que apreciam a gastronomia portuguesa. Neste sábado, quando viram o sol a brilhar, decidiram partir de Huelva. "Como funciona?", pergunta Lola, bem disposta, ao aproximar-se da máquina de pagamento de portagens. A funcionária da EP pergunta-lhe para onde vai, mas Lola ainda não sabe, a ideia é mesmo "andar por aí". Quando o destino é incerto, aconselha a funcionária, é melhor comprar um bilhete de 20 euros, válido por três dias - pode entrar e sair da A22 as vezes que quiser. "Mas nós só vimos comer, vamos a Tavira, voltamos para casa". Para fazer o trajecto, ida e volta - diz a tabela - a portagem a pagar é de 4,60 euros. Mas a mesma tabela adverte que "o mínimo que o dispositivo cobra são dez euros".

"E se não pagarmos, o que acontece?", questiona João. A pergunta fica sem resposta e a funcionária da EP sugere que, nesse caso, para não se sujeitarem a coimas, o melhor é meterem-se na EN125. Lola não sabe se percebeu bem a resposta, uma vez que nem ela fala português nem a funcionária castelhano.

"Serviço personalizado"

Outro condutor de Madrid dirige-se com a família a Vilamoura. "Conheço bem Lisboa e Porto, venho pela primeira vez ao Algarve", diz. Mostra o dispositivo electrónico de identificação do veículo que usa nas auto-estradas espanholas e pergunta se é válido em Portugal. Após um telefonema, a funcionária da EP esclarece que não serve.

Ontem, ao contrário do que sucedeu nos dois dias anteriores, não houve filas para pagamento, mas os automobilistas continuavam a protestar, por acharem as portagens "caras e, ainda por cima, difíceis de pagar". Manuel Horta, emigrante em França, andava de um lado para o outro sem saber o que fazer: "Já fui à policia e nem eles sabem dizer-me como posso pagar as portagens". Andou pela Via do Infante, com a viatura de matrícula estrangeira, sem pagar. Nos Correios disseram-lhe "que o sistema não lia matrículas estrangeiras". A representante da EP encolhia os ombros.

A meio da manhã, chega ao local o director regional da EP. Sobre a confusão do sistema de cobranças, Luis Pinelo, disse ao PÚBLICO que o apoio de informação no local só decorreu no período da Páscoa. Para os restantes dias, existe um número de apoio, que remete para o call center da empresa, em Almada. E acrescentou que na estação de serviço de Olhão existe um "serviço personalizado, a funcionar 24 horas".

O serviço personalizado é o funcionário da bomba que, quando não está a receber os pagamentos do combustível ou a vender chocolates e bolachas, também presta informação sobre o pagamento das portagens. Anton Bergario, de mapa na mão, aproxima-se dele, adiantando que pretende ir a Faro e "talvez um pouco mais adiante". O empregado da gasolineira avisa: "Se não me disser para onde quer ir, não o posso ajudar". O espanhol pretendia, como turista, descobrir a região, sem rumo certo. "Já passou dois pórticos sem pagar", disse o empregado, passando ao lado, para atender novo cliente. Por fim, o visitante admite querer conhecer também Albufeira. "Isto é confuso, muito confuso - o normal seria passar, e no fim pagar", protesta. O empregado, sorrindo, observa: "Isto é todo o dia assim ..." 

Fonte: Público

Primeiro centro cardíaco a abrir no Algarve

O primeiro centro cardíaco a abrir a sul do país iniciou atividade este fim-de-semana, em Faro, no Hospital Particular do Algarve (HPA).

Com um investimento de 35 milhões de euros é a primeira alternativa ao transporte de doentes cardíacos para Lisboa, quer em emergência quer com cirurgia programada, com acordos com as principais seguradoras portuguesas e internacionais.

Coração

Para o dia de abertura estavam já agendadas três cirurgias cardíacas: duas, em pacientes com doença valvular e uma para introdução de bypass coronário. 

Este Centro Cardíaco do HPA está preparado para realizar cirurgias do coração, usando os métodos mais modernos. O Centro Cardíaco reúne igualmente todas as técnicas e tecnologias aplicadas à cardiologia, com o objetivo de tornar os procedimentos mais seguros e menos invasivos.

Trata-se do culminar do programa avançado em cardiologia planeado por este Grupo de saúde do sul do país. 

O HPA de Faro, onde está inserido o Centro Cardíaco, é o Hospital mais recente deste Grupo de saúde privado, com 90 camas, serviço de urgência 24/365, urgência pediátrica e três blocos operatórios. Neste Hospital trabalham 144 Médicos distribuídos por 44 especialidades.

Desde 2001 que o Hospital Particular do Algarve, com a Unidade de Intervenção Cardiovascular do Algarve (UIC), tem sido pioneiro no Algarve no desenvolvimento da Cardiologia de ponta. 

Nesse ano foi criado no Hospital Particular do Algarve em Alvor, o primeiro laboratório de Hemodinâmica de todo o Algarve, o que permitiu que muitos doentes com enfartes agudos do miocárdio, uma situação potencialmente letal, pudessem, pela primeira vez, serem tratados por meio de angioplastia sem terem que ser transferidos - muitas vezes de helicóptero - para Lisboa. 

Fonte: Barlavento

Algarve: raide às caixas registadoras já começou

As zonas 'finas' do Algarve foram as escolhidas por 15 inspectores tributários. Não para passar férias, mas sim para trabalhar na 'caça às caixas registadoras'. 

Quinze inspetores tributários analisaram esta semana a pente fino as caixas registadoras de uma centena de restaurantes, lojas e outros estabelecimentos comerciais na Quinta do Lago e Vale do Lobo.


A operação nas zonas mais luxuosas do Algarve marcou o início da ação de fiscalização aos sistemas de faturação que vai estar no terreno nos próximos três meses.

No terreno a conformidade dos sistemas de faturação utilizados, perceber se o IVA está a ser apurado e liquidado de forma correta e ainda apurar a existência de eventuais rendimentos não declarados.

De acordo com o jornal "Dinheiro Vivo" no decorrer da acção de fiscalização foram detetadas 18 infrações graves, com multas que ascendem aos 280 mil euros.

Na mira dos inspetores tributários e aduaneiros, estiveram muitos dos estabelecimentos comerciais de artigos de luxo que caracterizam a zona, algumas das quais localizadas no Quinta Shopping Centre.

Ao que foi possível apurar, foram fiscalizados os sistemas de faturação de cerca de uma centena de estabelecimentos comerciais, tendo sido detetados 15 em infração grave.

Ao valor das multas poderá ainda ser acrescido com os montantes que venham a resultar de correções no IVA e IRC, na sequência da não emissão das faturas obrigatórias ou por subfaturação.

Recorde-se que o controlo dos sistemas de faturação obriga, desde o dia 1 de abril, as empresas que faturam mais de 125 mil euros a apenas poderem usar programas de software certificados.

A norma está prevista no Plano de Combate à Fraude e Evasão Tributária e Aduaneira, apresentado pelo secretário de Estado e dos Assuntos Fiscais no final de 2011.

O mesmo plano de ação estende a utilização obrigatória de programas certificados às empresas com faturação superior a 100 mil euros, a partir de 1 de janeiro de 2013.

A medida implicará mudanças em cerca de 200 mil empresas e 150 inspetores vão estar no terrenos a verificar a sua concretização (ver texto em baixo).

O objetivo é detetar e pôr fim aos sistemas que conseguem realizar uma faturação real (para consumo interno do estabelecimento) e uma outra, "para fora", com valores de vendas inferiores.

Terras do nosso Algarve - Bordeira/Carrapateira

Bordeira é uma aldeia envolta por serranias e campos de cultivo. Algumas ruas mantêm o pitoresco das casas tradicionais e há ruínas de um antigo solar.

Bordeira

Já a Carrapateira, aninhada por entre as dunas, possui ali perto um porto piscatório, abrigo certo para o mar bravio desta costa.

Carrapateira

Localização
A EN 268, antiga estrada romana, limita a Bordeira a Norte e a poente. O núcleo urbano é condicionado pelos cerros que a rodeiam a Leste enquanto a sul corre a Ribeira com o mesmo nome.
A Carrapateira, localiza-se a 5 km da Bordeira na EN 268, entre Sagres e Aljezur.

População
Ambas as aldeias estão na freguesia da Bordeira, parte integrante do concelho de Aljezur possui cerca de 500 habitantes de acordo com o último Censo, realizado em 2001. Depois de ter perdido 54,4% da sua população entre as décadas de 60 e 80 do séc. XX, tendência que se atenuou na década seguinte, mantendo no entanto uma percentagem negativa de 14,1 entre 1981 e 1991 e de 8,5% no censo de 1991, o último Censo, em 2001, registou pela primeira vez um valor positivo de 6,3%. A preservação ambiental tem atraído novos habitantes, que aqui se estabelecem.

Actividades Principais
A Bordeira é uma aldeia envolta por serranias e campos de cultivo. As férteis várzeas das ribeiras motivaram a exploração agrícola, hoje de subsistência, e também a pecuária. Nos “cerros” próximos desenvolveu-se a apicultura.
Na Carrapateira a pesca e a mariscagem começaram um pouco como lazer e forma de complemento da dieta, isto devido ao mar bravio. O alto valor comercial que entretanto adquiriram espécies como o sargo, a dourada, os perceves e outras espécies marinhas reforçou a sua importância para a economia das comunidades.

História
Achados arqueológicos na zona da Carrapateira atestam a presença do homem no período Paleolítico Antigo ou Médio.
Registe-se ainda a presença celta e romana, admitindo-se que os fenícios e os gregos terão demandado estas paragens, utilizando o estuário da Ribeira da Carrapateira como ancoradouro.
Aqui passava a via Romana que partia de Sagres e demandava Vila do Bispo, Carrapateira, Aljezur e Odeceixe, prolongando-se até Alcácer do Sal.
De acordo com estudos arqueológicos, os romanos exploraram a mina de magnésio, situada no cerro do Canafrechal, a sul da Carrapateira.
O período árabe foi o que mais influenciou a história e o modo de vida da localidade, o que ainda é visível na agricultura e também nas técnicas de construção das casas mais antigas à base de taipa e telha de canudo.
Os árabes, mais do que outros povos, e no Algarve mais do que noutras regiões do País, influenciaram durante o seu domínio multissecular, mesmo depois da ocupação cristã, a história e a cultura regional.

Achados arqueológicos na zona da Carrapateira

Património Cultural
Igreja Matriz de Nossa Sr.ª da Encarnação (Bordeira)
Templo construído em 1746 e muito afectado pelo terramoto de 1755, apresenta no exterior, simples, um pequeno átrio de estilo Barroco muito primitivo e rudimentar.
O seu interior, possui um arco triunfal, o retá-bulo do altar-mor e os altares colaterais em talha dourada, estes integram as imagens de Nossa Sr.ª da Encarnação (séc. XVIII), de S. Francisco, Santo António e S. Luís (séc. XVII) e um S. Sebastião do séc. XVI.
Possui ainda uma elegante pia baptismal, de estilo manuelino que se repete no portal do cemitério anexo.

Igreja Matriz da Carrapateira
Rodeada pelas muralhas do Forte da Carrapateira é um edifício notável do período Manuelino, edificado no séc. XVI. Apresenta características de uma arquitectura popular, como as formas e texturas, as suas proporções e elementos decorativos. Contém no interior tábuas Maneiristas e uma pia baptismal com capitel manuelino. Tem um retábulo de talha no altar-mor com imagens do séc. XVII e XVIII. Imagem de Nossa Sr.ª do Rosário (séc. XV?) e dois painéis figurando o Santo António e São Pedro, provavelmente do séc. XVI a pia baptismal manuelina é do séc. XVI.

Forte da Carrapateira
As muralhas do Forte são de xisto da região,e a construção inicial data do séc. XVII, por iniciativa de D. Nuno da Cunha Ataíde, Conde de Pontevel e Governador do Reino para defesa contra a pirataria.
O forte, fazia parte da praça de guerra de Sagres, no entanto em 1821 já de nada servia por não ser possível atingir o mar com tiros de canhão, entretanto formaram-se dunas entre o imóvel e o mar.
As muralhas que hoje podemos observar não correspondem à traça e extensão dos muros da construção do séc XVII. Os povos que aqui viveram deixaram marcas ancestrais, umas cons-truídas, outras perdurando no imaginário popular de culturas várias. Património e história, tradições e lendas, forjando uma identidade própria.

Porto de pesca da Carrapateira
Situado na Ilha do Forno e de características tradicionais, o porto abriga barcos de pesca artesanal.

Porto de pesca da Carrapateira

Património Natural
A região que compreende o complexo da Carrapateira e Bordeira, apresenta um elevado valor ecológico, uma vez que nela se encontram repre-sentados vários tipos de habitates importantes que caracterizam o Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (PNSACV).
Num clima tipicamente mediterrâneo, com influência atlântica, de Invernos amenos e Verões frescos, o vento tem um papel importante nas condições climatéricas.
Densos estevais, pinhais, áreas agricultadas e matos, constituem a maioria do vale da Vilarinha, onde se situa a Bordeira. Na zona do litoral, a Carrapateira, envolta por um cordão dunar com grande diversidade florística, é caracterizada pela presença de praias extensas. A fauna também é muito rica e diversificada. De salientar a presença do tritão de ventre laranja, do sapo parteiro ibérico, do cágado de carapaça estriada e do camaleão.
Algumas das espécies de aves encontram-se no topo da lista das prioridades de conservação, como por exemplo: a águia de Bonelli e o garajau. A estas espécies juntam-se garças, pombos, rolas, ou a galinhola. Com bons locais para abrigo, descanso, alimentação e reprodução, estas são áreas preferenciais para nidificação, passagem e invernada de avifauna.
A Ribeira da Carrapateira desempenha um papel importante nas longas migrações da avifauna como ponto de descanso e alimentação. A lontra, gato-bravo, o coelho-bravo, a geneta e os javalis, povoam, de forma abundante, os cerros.

Paúl da Carrapateira
Localizado a Norte da Carrapateira. Podemos encontrar aqui pequenos charcos onde abundam os belos nenúfares, palcos de sapos e rãs que de Inverno coaxam de noite e dia. Por aqui os imponentes freixos e choupos embelezam esta bonita e densa paisagem verdejante.

Tradições
O nome da Carrapateira, deve estar relacionado com o nome da ribeira, nascida na Serra de Espinhaço de Cão, no Pico de Poldra, que desagua na margem esquerda da Ribeira da Bordeira.
Há todavia quem associe o termo à abundância de carrapatos na região, entre outras hipóteses. Pode-se também imaginar que o nome tenha surgido de Carrapateira, uma planta da família Euphorbiaceae, também conhecida por mamona ou ricínio. Outra das possibilidades será a existência nesta zona de muitas pereiras brancas, também conhecidas por carapeteiros ou carrapateiros.

Produtos Locais
As Artes piscatórias, aplacados que foram os medos por um conhecimento mais profundo dos mistérios do mar, representam a par dos produtos agrícolas e do mel, os produtos locais mais importantes.
Inventou-se aqui um instrumento, a arrilhada, inspirado na enxada da lavoura, que serve para arrancar os perceves à rocha.

Portugueses ficam em casa na Páscoa

O Algarve e a Serra da Estrela, dois destinos que costumam estar cheios de turistas na Páscoa, sofreram este ano uma grande quebra no fim--de-semana prolongado. A crise, aliada às portagens nas antigas Scut, e até o clima contribuíram para uma descida significativa no número de turistas. 

O vento e alguma chuva obrigaram os turistas
a trocar os areais pelos cafés 

"Tendo em conta as previsões, que eram muito negras, até não está mau, mas comparando com outros anos nota-se uma grande quebra, mesmo em relação a outros anos em que houve pouca procura", diz Elidérico Viegas, presidente da Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA). "Há unidades que chegaram aos 70 ou 80% mas, no geral, estão todas muito abaixo do habitual ou, então, as estadas são só de dois ou três dias, quando antes eram de uma semana", descreve Elidérico Viegas, sem querer avançar com uma percentagem global.





A descida notou-se, em particular, entre os turistas nacionais, que tradicionalmente procuram o Algarve na época da Páscoa. Mas também se vêem muito menos espanhóis na região sul de Portugal, comparando com outros anos.

Para o responsável da AHETA, os motivos para a descida são financeiros. E nem a redução de preço nas unidades hoteleiras serviu para atrair turistas.

"As pessoas estão com menos dinheiro e as portagens não vieram ajudar nada", continua Elidérico Viegas, para quem a questão do clima é só "uma boa desculpa" para os portugueses ficarem em casa. "Se estivesse bom tempo é possível que surgissem marcações de última hora", admite, mas, "assim, com mau tempo, é só mais uma razão para ficarem em casa".

A previsão catastrófica acabou por ser atenuada graças ao mercado britânico. "Temos assistido a um aumento da procura por ingleses", diz Elidérico Viegas, que atribui o crescimento "à Primavera Árabe e à descida do valor do euro face à libra". O responsável espera que "a tendência se mantenha". 

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Praias do nosso Algarve - Praia de Odeceixe e Praia das Adegas

A estrada para a praia serpenteia durante 3 km ao longo de um vale verdejante, acompanhando a ribeira de Ceixe e campos agrícolas que vão sendo progressivamente substituídos pelo sapal. Nas encostas do vale observam-se bosques de sobro que dão lugar, mais perto da praia, a matos litorais ricos em plantas aromáticas e melíferas que adoçam o ar. O casario branco, encaixado na arriba, é essencialmente de veraneio. A praia é uma ampla língua de areia entre o mar e a ribeira que desagua no extremo Norte, onde se formam várias lagoas de águas baixas, apetecíveis para as crianças. 


É também possível alugar canoas e passear pela ribeira, habitat de animais como a lontra, a garça-cinzenta ou o colorido guarda-rios. As arribas que ladeiam a praia são negras, de xisto, com veios de quartzo pérola, muito estratificadas e fissuradas, a fazer lembrar construções Lego. A sul da Praia de Odeceixe, passando os enormes rochedos de recorte curioso que a delimitam, existe uma pequena enseada, a Praia das Adegas, que é uma praia oficial de naturismo. Em situação de maré-cheia, é acessível através de um caminho pedonal que desce pela arriba, junto ao Miradouro.


Nota: É possível fazer praia ao longo da ribeira de Ceixe, recomendado em situação de maré-cheia. A corrente junto da barra pode ser muito forte. O acesso pedonal até à Praia de Odeceixe é bastante íngreme.

Acesso: Viário alcatroado a partir de Odeceixe (EN 120), seguindo na direcção da praia, que se situa a cerca de 3 km. Estacionamento ordenado mas limitado na Praia de Odeceixe, mais amplo mas não ordenado na Praia das Adegas. Equipamentos de apoio (restaurante e WC) e vigilância durante a época balnear. Orientação: oeste.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Gastronomia Algarvia - Feijoada de Búzios

Ingredientes:
Para 4 pessoas

600 grs de miolos de búzios ;
500 grs de feijão vermelho ou catarino ;
500 grs de tomates frescos ;
1 pimento verde ;
1 ramo de salsa ;
1 folha de louro ;
2 dentes de alho ;
100 grs de cebolas ;
1 dl de azeite ;
sal q.b. ;
pimenta q.b. ;
piripiri


Confecção:
Num recipiente ponha o feijão a demolhar em água fria, com uma antecedência de 12 horas, em relação à sua utilização.
Depois de demolhado, lave-o e ponha a cozer, num tacho em água fria.
Parta os búzios em cru e retire os miolos.
Em seguida, coza os miolos obtidos em água e sal, cerca de 45 a 60 minutos.
Depois de cozidos, retire para uma vasilha e deixe arrefecer. Corte em pedaços.
Num tacho, à parte, refogue, em azeite, o alho e a cebola picados finos, junte a folha de louro e o ramo de salsa e deixe alourar.
Em seguida, adicione o pimento, depois de limpo de pevides e lavado, cortado em dados pequenos.
Entretanto, tire o pé aos tomates, escalde-os em água a ferver, para mais facilmente tirar a pele e as pevides. Pique os tomates e ponha-os no refogado. Deixe apurar.
Junte os pedaços de búzio e tempere com sal, pimenta e piripiri.
Adicione o feijão já cozido e parte do líquido da sua cozedura e leve a ferver até apurar.

Conselho: Aconselha-se o uso de búzios médios, nesta confecção. Eventualmente poderão os búzios ser cozidos e depois partidos.

domingo, 1 de abril de 2012

Terras do nosso Algarve - Odeceixe

Em Odeceixe o moleiro vigia a direcção do vento e acompanha o visitante que quiser saber como noutros tempos se moíam os cereais.
Do alto do moinho vê-se o casario branco da aldeia, a várzea e vislumbra-se o serpenteado da ribeira de Seixe, precipitando-se em direcção ao mar, que encontra a meio da praia, formando ali caprichosas ilhotas, ao sabor da maré. Um encanto que nenhuma outra terra tem.



Identidade
Odeceixe abre-nos as portas do Algarve, a primeira aldeia algarvia depois das terras do Alentejo.
Encostada a uma colina, as suas ruas são estrei-tas com casas rurais, na sua maioria caiada de um branco imaculado. A Ribeira de Seixe, sendo esta uma das ribeiras que têm água durante todo o ano, permite a proliferação de muita vegetação, assim como a existência de espécies autóctones na fauna e na flora.

Localização
Entre Odemira e Aljezur, junto à EN 120, na fronteira que divide o Algarve do Alentejo.


População
Aos 932 habitantes referidos pelos Censos 2001 muitos são os veraneantes que se lhes juntam, procurando a aldeia, tanto nacionais e destes especialmente os alentejanos do interior que respondem ao apelo do mar e da pesca, assim como turistas cativados pelas belezas naturais.

Actividades Principais
As várzeas de Odeceixe, inundadas pela ribeira de Seixe, e assim fertilizadas, permitem o desenvolvimento de vários produtos, nomeadamente a batata doce, o milho e o amendoim, proporcionando um óptimo desenvolvimento da agricultura.
Como é comum nesta costa, os agricultores transformam-se amiúde em pescadores, na captura de espécies de alto rendimento comercial como os sargos, douradas e robalos, assim como os mariscos.


História
A aldeia está incluída na faixa costeira de território onde se desenvolveu a cultura mirense (5 a 8 mil anos a. C.) que se localizou e entre o Rio Mira, no concelho de Odemira e o Burgau, parte integrante do Concelho de Vila do Bispo. Os mirenses eram povos nómadas, e sendo caçadores e recolectores não se dedicavam à agricultura. Utilizavam os seus machados para recolher mariscos das falésias e para escavar a terra à procura de tubérculos. A caça completava a sua dieta.
Há inúmeros vestígios arqueológicos a atestar a sua presença na região.


Património Cultural
Igreja Matriz de Odeceixe - Igreja Paroquial é do séc. XIX, apresenta uma arquitectura de enorme simplicidade interior, com arco triunfal. Capela-mor de estilo neo-clássico e dois altares colaterais, sendo a padroeira a Nossa Sr.ª da Piedade.
Pólo Museológico do Moinho - Situa-se no topo de um cerro sobranceiro à aldeia. Dentro do espaço do moinho, reconstruído com os materiais tradicionais, está um moleiro que fornece explicações aos visitantes acerca do processo de moagem.
Museu Adega de Odeceixe - Inaugurado em 1992 apresenta um espólio composto pelos diferentes utensílios utilizados no fabrico do vinho, desde o processo de transformação da uva e consequente fermentação até ao produto final. Estão presentes as pipas, funis, copos, garrafas, entre outros ordenamentos necessários. Os candeeiros, escadas, cadeiras, bancos são fruto de uma recolha nas antigas casas rurais e fazem também parte deste espólio Museológico.

Património Natural
Estando em Odeceixe, estamos também em pleno coração do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, de uma indesmentível riqueza paisagística, faunística e florística, sem esquecer o património geológico, arqueológico e histórico.
A paisagem oferece falésias imponentes e dunas no litoral. Para além do mar, há linhas de água que originam lagoas temporárias durante a época das chuvas. Existem também zonas húmidas e estuários como é o caso de Odeceixe, mas também da Bordeira/Carrapateira e de Alzejur.
Aqui crescem espécies botânicas únicas, a par de plantas endémicas como o tomilho e o loureiro.
Outras espécies que raramente criam no litoral europeu e estão presentes aqui são o pombo da rocha ou a garça boieira. Texugos e fuinhas também surgem assim como as lontras, que na Europa se encontram em diminuição ace-lerada devido à poluição ambiental e que, neste Parque, se mantém em boas condições.
O vale de Odeceixe é banhado pela Ribeira de Seixe, nasce na serra de Monchique e desagua na praia de Odeceixe, delimitando assim o Algarve do Alentejo.
Esta ribeira possui potencial para desenvolvimento de actividades de animação ambiental como a canoagem, observação de aves, dada a riqueza de espécies ou a interpretação ambiental, devido à elevada preservação da zona.


Tradições
O moleiro costumava ser um homem de muitos saberes, porque precisava de dar atenção às mudanças do tempo, saber da qualidade dos cereais, ser capaz de consertar as peças do moinho e até perceber de negócios e de comércio.
O isolamento dos moinhos fazia-os receber amavelmente as visitas, e ser bons conversadores. A industrialização trouxe a decadência dos moinhos de vento, em termos económicos mas a sua arquitectura marca a paisagem, sendo um património incontestável do mundo rural.

Produtos Locais
Os trabalhos de cabedal e as rendas fazem parte, de alguns produtos artesanais de importância para Odeceixe.
Os produtos agrícolas, como a batata doce, o amendoim e o milho fazem parte dos produtos cultivados nas Várzeas da Ribeira de Seixe.

Gastronomia
A gastronomia de Odeceixe reflecte as actividades da sua população que ora lavra a terra, ora faina no mar, misturando os sabores.
Tomem-se as vagens de feijão catarino criadas nas leiras da Ribeira de Seixe, os chocos e os polvos apanhados na maré do dia e eis uma feijoada “à minha maneira”, receita confeccionada na pitoresca Taberna do Gabão, em Odeceixe.



Receita
Feijoada “à minha maneira”

Ingredientes para 12 pessoas:

4 litros de feijão catarino
2 ramos de salsa
4 conchas de azeite
5 cebolas grandes
3 pimentos
1 cabeça de alho
4 cenouras
2 folhas de louro
1 ramo de coentros
5 a 6 tomates maduros
1 chouriço vermelho
1 colher de banha caseira
2 Kg de polvo
2 Kg de choco
500 g a 1Kg de gambas
Um pouco de sal

Para a confeccionar, coloque o feijão de molho de um dia para o outro. No dia seguinte coze--se o feijão em água abundante com um ramo de salsa e uma colher de azeite.
Faz-se um refogado com azeite e um pouco de banha, cebolas grandes picadas, pimentos, alho picado, cenouras às rodelas, folhas de louro, um ramo de coentros, um ramo de salsa, tomates maduros e chouriço vermelho cortado às rodelas.
Deixa-se refogar bem e junta-se o polvo e o choco cortado aos bocados ao preparado, e deixa-se cozer até ficar tenro.
Por fim junta-se o feijão cozido ao polvo e ao choco com a água que se cozeu o feijão. Quando estiver tudo cozido juntam-se a algumas gambas. Se for necessário rectifica-se o sal ou junta-se picante.
O prato é servido com um pouco de arroz e coentros picados em cima da feijoada.